No Castanho - Paradela 1.
Quando as portas aludem à recriação No alto, as borboletas brancas fluem e refluem, de fraga em fraga, em torno dos silvados, enquanto a terra absorve o oiro do sol de verão e o granito grita todo o brilho da mica. Cá em baixo, havia as ruas; havia o ar saturado de luz levitando sobre as ruas; havia as varandas debruçadas sobre as ruas; as escadas carregando as primitivas pedras - soerguidas da terra - uniam as ruas. Em silêncio passei pelas ruas; era setembro as portas fechadas; o céu por cima - azulado. Descobri que as portas nos interpelam - devagar, como as estrelas. Há portas esmorecidas pelo tempo cujos veios me inspiram num súbito alento. Às vezes, o passado e o futuro fundem-se; as portas transformam-se pêssego-polpa rosa velho abóbora-menina uma poética simbiose da tinta macia com o musgo antigo entranhado nas traves os nichos de teias acomodados nos ângulos o brilho fosco das chapas tons delícia-rústico que se harmonizam com a atmosfe