O tempo da lua
O tempo da lua
Ia eu
tranquilamente a caminho de casa. Quando, de repente, a lua me chama. Fiquei,
por minutos, parada. Perplexa. Uma nuvem redonda, azul, celeste volumétrica, protegia
a lua. E a mais completa negritude nos amplos contornos do céu. Reparei que o
noitibó suspendeu a sua canção – nocturna. Para que o tempo fosse dado somente à
lua? Para que o tempo fosse dado somente ao silêncio? Prossegui o meu caminho. Quando
cheguei ao pé da escadaria da minha casa, a lua ainda lá estava. Pregada ao
céu. Com um rosto já diferente. Mas ainda crescente. A nuvem fluída. A
fronteira, linha curva.
Outono –
pego em
cardumes de luz
e
desfolho-os como pétalas.
Eugénia
Maravilha.
ResponderEliminarObrigada
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