A luz era sucinta



No decorrer daquela tarde de outono a luz era sucinta. Recortava reflexos que expunha nos vidros das montras. E:

Da fisionomia daquela luz, com dorso dobrado entre as duas margens da rua, retirei o que foi há muito a infância. A calma solidária sem mistérios dos braços da mãe. A agulha da bordadeira que devaneava sobre pano fino. A inocência. Como te dizer da inocência? Do cheiro a violeta que veio dela?

O tempo passa e pousa em cada coisa uma memória.

Eugénia

 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O teu poema

Pequenas notas 10.

Pequenas notas 9.