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A mostrar mensagens de outubro, 2022

Pezinhos de tem-tem

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A luz chega devagar devagarinho em pezinhos de tem-tem. Fica a vigiar a rua os estores e o movimento; abraçada às árvores da manhã desenha cautelosa e em silêncio sobre a textura da cobertura da rua a lápis carvão   uma sombra ramo a ramo. E depois segue caminho. Eugénia

Panos Pintados

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  tocada pelos dedos tão fundos dos panos pintados trama damasco cambraias uma canção cresce cativa dos telhados com seu corpo ao longe aquietado em seu modo crescente o brilho solar preso à lua solta-se e irrompe nos versos da canção como pauta musical ou folha de plátano Eugénia

Por vezes

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por vezes sobre mares poentes tingidos - tintos água rosa  Eugénia

Interrogações

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Interrogações O que levam os céus? Que ventos? Que folhas arrastam? Que águas se aglutinam nas ruas? Que rumores? Que versos? Oh, As aves. Olho o caminho das aves. No alto. Passam. Volteiam as asas. Tomam assento nos meus olhos. E: O sonho declara-se em renovados limbos. Eugénia  

Como pintura celeste

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Num fim de tarde de outubro, páro - e calma - olho a cor azul índigo, como quem contempla uma pintura celeste. a luz inclina-se busca a geometria da pedra - atravesso Eugénia  

Cor

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Cor A do céu, suprema: o azul celúrio que a ave interrompe às vezes com o castanho-cinza das suas asas. A da sombra, negro intenso; primeiramente retida na folhagem e, de seguida, caída no empedrado; móvel sempre que o vento toca nas folhas. O amarelo que passa, embora lento, circulando em seus trilhos. O verde lunar do azulejo; mais além, o lilás da flor do cardo. Eugénia