Abro a porta Entro
Passei para
escutar o empedrado de granito
sob os meus pés;
o trinado do
melro adensava-se num poleiro do quintal
detrás do muro;
talvez à espera
do regresso do lusco-fusco,
ondulando halos adentro clareiras
abertas à luz.
Olho a porta floreada a pedra o azulejo.
Já longe iam os meus passos vagarosos, com destino,
quando uma voz tardia interrompe os sons de ocasião;
talvez louvando o céu que escurecia.
Então pego na chave subo as escadas abro a porta.
Entro.
Eugénia
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