Da janela


Da janela

A humidade esconde-se na sua luz; inaugura uma nova cor; em pleno meio-dia, o cinza húmido, a clareza parada. Deixa-te divagar. Pousa o teu rosto entre as mãos, os cotovelos no parapeito da janela; a luz é pouca, mas não percas a queda da pétala. Ela oscilará encostada a uma ponta de vento em direcção à terra; nela, o peso frágil; a inocência; o seu brilho de seda, quando o movimento cessa.

Há o mesmo brilho nas asas da borboleta; na sombra que leva ao peito; na dança do crepúsculo, inclinado sobre a areia.


Eugénia


 

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