Magnólias 2.


Azuis e Ouro

No inverno, por entre fronteiras
de granito
– húmido
azulado –,
o murmúrio da seiva
– a construção da flor:
sussurrante beleza branca
de seus tepals
envolvidos por um vago azul
celestial
frio –,
preparando
com lindezas sonoras
a fertilidade
– ocultada
por folhas luzidias –
dos pássaros errantes
da cidade – pássaros que dançam
e cantam –;
desafiando com vindouros
azuis
– de céus primaveris –
o granito,
a mostrar a sua roupa
mais dourada.
E sinto a inexorável palpitação

dos ponteiros do relógio
circular;
no alto
da Estação de São Bento
incrustados no tempo.

 

Eugénia

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