Estórias de quintais 3.
Era o início
da tarde – o sol a pique; e a luz entornada sobre as árvores, ao fundo do quintal.
O silêncio quente tinha adormecido a terra. Ao ouvir, de súbito, o voo de uma pequena ave, voltei-me e apercebi-me que o
silêncio mudara; e que as suas asas eram azuis e destemidas e descansam, a
caminho do céu, sobre uma haste de figueira. Retive a respiração, com receio de
que algum mínimo rumor a inquietasse; e não cantasse. Na voz do chapim-azul, o
trinado tem um não sei quê de cristal...
Eugénia
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