A sina


A sina rompe toda a pele


A seda nos olhos as rugas do luto

O lábio cerrado o grito na boca

O travo da sina o restolho das trevas

A palavra um verso e uma réstia de luz

 

O fruto distante o pulso do punho

O sangue na veia o bolso vazio

O grito do luto a luta do voo

E o rubor de um cravo na palma da mão

 

A luz que se expande das notas de um canto

A semente de um fruto na linha do sol

O eco do grito o eco do punho

E o rubor de um cravo na palma da mão

 

A pele a sina e a essência da luta

O rubor de um cravo a voz e o pulso

A palavra que é bela no seio de um verso

E a janela que se abre na enseada do céu.

  

Eugénia


 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O teu poema

Pequenas notas 10.

Pequenas notas 9.