Tomei nota
Sonhava com a cor do agapanto; com o canto do lírio branco. Disse-me. Olhos postos à distância, testemunhava a nascente dos dias. Disse-lhe: olha o céu. Naquele lugar o céu e naquele momento desenhava com caneta ponta fina idiomas de pássaros algures num dos seus ramos; e o ramo tamborilava curvava-se e de seguida endireitava-se, balbuciando rumores celestes; burilava nuvens algodão branco; calcetava a terra com sombras leves. Seguiu caminho fora; ao encontro de lírios brancos? Tomei nota: foi num jardim urbano era domingo. Eugénia